quinta-feira, 11 de abril de 2013

Memories - Capítulo 3 - Que sirvam a macarronada!


     Por um momento, olhou para a minha janela. Seus olhos encontraram os meus e eu saí de lá rapidamente, torcendo para que ele não tivesse percebido que eu estava assistindo a discussão.


                         Memories - Três
 
                                              ***

    QUANDO estava saindo do quarto, dei de cara com Colin e Trisha, que provavelmente estavam indo até lá ver o porquê os deixei falando sozinhos.

    – Sabe que isso é falta de educação, Sra. Johnson? – disse Colin, cruzando os braços – O que foi fazer lá no quarto?

    Abri a boca pra falar, mas antes dei uma última espiada na janela. O homem já tinha entrado na loja.

    – Vocês não ouviram a discussão? – perguntei, passando por eles e indo para a sala.
    – Que discussão? – perguntou Trisha.
    – Ah, esqueçam – me joguei em uma poltrona – Do que estavam falando?
    – Você não acha que Colin ronca demais?

    Dei uma risada e vi que Colin cruzava os braços, esperando uma resposta.

    – Sei o que quer, Trisha – eu disse – Mas vou ficar com aquele quarto. E você, com Colin.
    – Beckyyyyy! – ela insistiu.

    Levantei da poltrona e dei de ombros, pegando minha mala.
  
    – Ninguém mandou dizer "sim" quando ele te pediu em namoro. Agora aguente as consequências.
    – Ah, vamos! Não é tão ruim assim dormir no mesmo quarto que eu – disse Colin, cruzando os braços – Ótimas amigas, vocês são!

     Trisha o beijou na bochecha.

    – Eu estava brincando, bobo – ela disse – Me ajude a desfazer as malas?

                               ***

    ASSIM que desfazemos as malas e tomamos um banho, Colin quis preparar macarronada para o almoço. Normalmente não deixaríamos ele chegar perto do fogão, já que da última vez ele quase explodiu a cozinha só por tentar fazer frango frito – o que é totalmente irônico, pois que seus pais eram donos de um dos restaurantes mais visitados do Mississippi –. Mas acontece que não tínhamos outra opção, já que ele nos chantageou com um jantar no Gary Danko, ás 20hs00 da noite. Decididmos nos virar com o almoço e esperar ansiosas pelo jantar á noite.

    – Até que o cheiro está bom – eu disse – Espere um minuto... desde quando algo que você cozinha cheira bem?
    – Hoje vocês tiraram o dia pra me chatear – ele murmurou, mechendo o molho com a colher – Vai ficar bom, confie em mim. Trisha já provou. Não foi, amor?

    Trisha tirou os olhos de seu livro e olhou pra mim, confirmando com a cabeça. Eu apenas ri e olhei para a janela da cozinha. De lá, tinha uma visão melhor da floricultura. Queria insuportavelmente saber quem era aquele homem que trabalhava lá. Não sabia porquê, mas desde que o vi, algo despertou em um mim uma curiosidade absurda de conhecê-lo.

     – É... pessoal? – perguntei, sem desgrudar os olhos da janela – Perceberam que tem uma floricultura em frente ao prédio?
    – Claro que sim – disse Trisha – O que significa que Colin não terá mais desculpas para não me comprar flores.

    Colin pigarreou depois de provar o molho com a colher de pau.

    – Comprava sempre que podia – ele disse – Não começe, amor. Prometo que irei comprar flores todas semanas pra você.
    – E novamente eu estava brincando – murmurou Trisha – Não me importo se não me dá flores, Colin. Eu amo você de qualquer jeito. Entendidos?

    Ele olhou para ela e deu seu lindo sorriso de lado.

    – Entendido. Eu também amo você.
    – E era disso que eu estava falando – murmurei – Por quê não arrumei um namorado enquanto ainda estava no Mississippi?
    – Porque a passagem iria sair mais cara? – sugeriu Trisha.

    Demos uma longa risada antes de Colin dizer:

    – O molho está pronto. Já já eu sirvo. Poderiam ir pondo a mesa?

    Assentimos e procuramos alguns pratos nos armários. A última pessoa que alugara aquele lugar não parecia ser tão cuidadosa. Alguns pratos estavam rachados e pude jurar que vi uma barata passando por trás deles, apesar do armário não estar tão sujo.

    – Melhor lavá-los antes de pô-los na mesa, Trisha – sugeri
    – Por que?
    – Só.... faça o que pedi.

    Trisha deu de ombros e lavou os pratos. Forrei a mesa com o único pano que achei razoável para a ocasião e Trisha fez um suco de laranja. Logo Colin chegou com uma bandeija grande de macarronada.

    – Posso fazer uma confissão? – eu perguntei, sentada á mesa, observando Colin colocar a bandeija no centro – Estou com medo.
    – Engraçadinha – disse Colin – Espere Trisha chegar com o suco, e então pode provar a minha deliciosa macarronada.

    Soltei uma risada sarcástica e vi Trisha vindo com uma jarra grande de suco. Ela nos serviu e sentou ao lado de Colin, e juntos fizemos uma oração, agradecendo á Deus pelo alimento e por chegarmos em San Francisco em segurança. Resolvi dar a primeira garfada, já que fui eu quem mais implicou com Colin sobre sua macarronada, o que era nada mais que justo.

     – Huuummm – murmurei – Retiro tudo o que disse, Colin. Está uma delícia! Aceita minhas sinceras desculpas?
     – Desculpas aceitas  – ele disse, com a boca cheia de macarrão.

    Trisha deu risada e beijou sua bochecha

     – Precisa arranjar um desses, Becky – sugeriu Trisha.
     – Oh não, Obrigada – eu recusei – Percebi nesse exato momento que você e eu temos gostos muito diferentes.
     – Em Mississippi vários homens pediram para namorar você, Becky – Colin me lembrou – Alguns chegaram a pedir até para os seus pais. Não entendo qual seu problema com isso.
     – Nenhum deles me agradou. Simples.
     – Parou para conhecer algum deles? – Trisha perguntou
     – Eles só estavam interessados no dinheiro da nossa família, Trisha – a lembrei – Meus pais são as maiores corretores do Mississip. O que vocês queriam?
     – Eu não acho que sejam todos – retrucou Trisha – Benjamim gostava de você.
     – Benjamim gostava de você.
     – Que história é essa?! – perguntou Colin e Trisha em um coral.

    Revirei os olhos sabendo que sobraria para mim.

    – Os pais dele queriam juntar nossas duas famílias para conseguir mais dinheiro – confessei – ele me contou no dia em que ia me pedir em namoro. E também me pediu desculpas, dizendo que não gostava de mim mas que era apaixonado por você. Depois, tive que contar a ele que você estava namorando com Colin. Ele ficou arrasado.
    – Dessa eu não sabia – disse Trisha – Sabia disso, Colin? Vocês eram amigos, que eu me lembre.
    – Nem passou pela minha cabeça – ele disse – Mas... isso não vem ao caso, Becky. Você é bonita, inteligente, divertida... e está solteira. Sei que aqui em San Francisco vai fazer mais sucesso que em Mississippi.
     – Eu estou bem solteira, Reynolds – eu disse.
     – Vai me dizer que não achou ninguém interessante até agora?

    Eu até que poderia dizer sobre o homem que trabalhava na floricultura, mas precisava manter o meu orgulho. Afinal, tinha que ganhar aquela conversa.

     – Não, Colin – respondi – Ninguém me interessou.


Continua....

Oiiiiii amores! Mais um capítulo postado! Espero que tenham gostado e, se quiserem deixar sugestões sobre o que pode acontecer na história, eu aceito! Bjss até a próxima!


Comentários

Jonathan Freitas: kkkk obrigada *-* OH GOD nem é tão boa assim, kkk Mas valeu pelo elogio! bjss!

Fiquem com Deus!




   
 





3 comentários:

  1. Você faz tudo na hora? Ou já tem um arquivo salvo com os textos? Amei esse também, continue assim!

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  2. Aii! Ansiosaa pra como vai ser o encontro delees! Coontinua princesa! Beeijo!

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  3. Awwn que divo, continua logo tipo eu queria saber o que vai acontecer rçrç.
    Indica : www.imaginando-jasonmccan.blogspot.com
    se você quiser eu posso fazer o mesmo no meu :)
    Beijos && continua.

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